Apesar de não ser tão popular no Brasil como a pintura à óleo, a aquarela é considerada o meio mais popular de pintura entre os pintores amadores em todo o mundo. Desde que surgiu esse processo de pintura, inicialmente usado para esboços, muitos pintores famosos se voltaram a ele pela espontaneidade, sutileza e infinidade de aplicações.
Winslow Homer
A aquarela consolidou-se como técnica na Escola Inglesa (segunda metade do século XVIII), mas sua ascensão aconteceu no século XIX, (época Vitoriana), com ênfase nas paisagens e naturezas mortas. Ela é, entretanto, minoria no que diz respeito ao acervo em museus e coleções de arte, pois os mecenas e compradores do passado preferiam a imponência da pintura à óleo em suas encomendas. Mesmo assim, houve pintores que se dedicaram quase que exclusivamente à aquarela, como John Cotman, Thomas Girtin, Turner e Winslow Homer.
John Cotman
Também é um meio com muitos radicalismos e proibições: alguns dizem que não se pode usar a cor branca, líquidos corretivos, líquidos para mascarar, etc. Essas proibições são de tempos mais recentes e não tinham valor para os mestres do passado. Outro ponto polêmico da aquarela se refere à dificuldade de usar esse meio, porque um erro de pintura não pode ser corrigido como no óleo, é preciso muito planejamento antes de pintar e muita rapidez em certos momentos. Outra preocupação se refere à conservação dos trabalhos, pois uma vez pintado, o papel deve ser conservado com muito cuidado, evitando umidade, fungos e, preferencialmente, numa moldura com vidro perfeitamente limpo e afastado da pintura por um paspatour livre de acidez.
Thomas Girtin
A tinta para aquarela é um pigmento moído, aderido a algum meio como a goma arábica, fel de boi, conservantes, sendo usada para pintar seca (mais raro) ou misturada à água. A fabricação de tinta de aquarela é um processo secular e que necessita de muito conhecimento. A marcas européias têm centenas de anos de experiência, possuem pigmentos únicos e muito conhecimento acumulado, não se recomendando a fabricação caseira.
William Turner
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